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Eclesiastes 2:24-26 - A Doce Sinfonia do Trabalho e do Prazer

Atualizado: 11 de jun.

Eclesiastes 2:24-26 “Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer com que a sua alma goze o bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus. Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e alegria ao homem que lhe agrada; mas ao pecador dá trabalho, para que ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que agrada a Deus. Também isto é vaidade e correr atrás do vento.” (NAA)

Exegese:


  • “Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer com que a sua alma goze o bem do seu trabalho” (v. 24): Salomão, após experimentar diversos prazeres e atividades, conclui que desfrutar do fruto do próprio trabalho é uma das maiores alegrias da vida. A expressão “comer e beber” não se limita à simples ingestão de alimentos, mas representa a celebração da vida e a gratidão pelas provisões. A palavra hebraica para “bem” (טוב, tov) abrange conceitos como bom, agradável, próspero e belo. Assim, o versículo enfatiza a importância de encontrar satisfação e propósito no trabalho, reconhecendo-o como uma bênção divina.


  • “Também vi que isto vem da mão de Deus” (v. 24): Este é o ponto crucial. Salomão reconhece que a capacidade de desfrutar do trabalho não é uma conquista humana, mas um presente de Deus. Essa perspectiva teocêntrica transforma a visão do trabalho, elevando-o de uma mera necessidade para um ato de adoração e gratidão.


  • “Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e alegria ao homem que lhe agrada” (v. 26): Aqui, a passagem estabelece uma distinção entre aqueles que vivem em harmonia com a vontade de Deus e aqueles que se afastam dela. Aos que agradam a Deus, Ele concede “sabedoria” (חכמה, chokmah), “conhecimento” (דעת, da’at) e “alegria” (שמחה, simchah), capacitando-os a viver uma vida plena e significativa.


  • “mas ao pecador dá trabalho, para que ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que agrada a Deus” (v. 26): Em contraste, o pecador se dedica ao trabalho com uma motivação egoísta, buscando acumular riquezas para si mesmo. No entanto, Salomão observa que, no final, esses bens podem acabar nas mãos daqueles que agradam a Deus. Essa dinâmica não implica em injustiça divina, mas ressalta a futilidade de buscar a felicidade exclusivamente em bens materiais.


  • “Também isto é vaidade e correr atrás do vento” (v. 26): A conclusão reforça a ideia central do livro de Eclesiastes: a busca por sentido na vida apartada de Deus é vã. A expressão “correr atrás do vento” simboliza a busca por algo inatingível e efêmero.


Bases Bíblicas:


  • Gênesis 2:15: Deus coloca o homem no Jardim do Éden para “lavrá-lo e guardá-lo”, mostrando que o trabalho faz parte do plano original de Deus para a humanidade.

  • Provérbios 10:22: “A bênção do Senhor é que enriquece, e não acrescenta dores.” Este versículo corrobora a ideia de que a verdadeira prosperidade vem de Deus.

  • 1 Timóteo 6:17: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos.” Este texto nos lembra que devemos desfrutar das bênçãos materiais com gratidão a Deus.

Conclusão:


Eclesiastes 2:24-26 nos ensina que a verdadeira alegria não está na busca incessante por prazeres passageiros, mas em reconhecer o trabalho como uma dádiva divina e desfrutar dos seus frutos com gratidão. Quando vivemos em harmonia com a vontade de Deus, Ele nos concede sabedoria, conhecimento e alegria, tornando nossa jornada terrena mais significativa e plena. A mensagem central é que a vida com propósito e a verdadeira satisfação se encontram em Deus, e não na busca vã por riquezas ou prazeres efêmeros.



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