Descartável

Rodrigo Guerra
19 de abr. de 2024
2 min de leitura

Atualizado: 30 de mar.

2 Crônicas 12.1

Depois que Roboão se fortaleceu e se firmou como rei, ele e todo o Israel abandonaram a lei do Senhor.

Você já ouviu falar de "relacionamentos descartáveis"? É aquele tipo de amizade egoísta e interesseira que só dura enquanto é conveniente aos envolvidos. Se uma das partes deixa de dar à outra o benefício desejado, esta corta o laço. Descarta-o como se fosse uma fralda de bebê. Descartável.

Sacerdotes, levitas e muitos outros Israelitas, impedidos de adorar a Deus no reino do Norte, liderado por Jeroboão, migraram para Judá, onde Roboão era rei. Aparentemente, foram bem recebidos e podiam cultuar a Deus á vontade.

O versículo 17 mostra que eles contribuíram para fortalecer o reinado de Roboão, o que com certeza era bom. O mesmo versículo relata que, neste início de reinado, o rei se manteve fiel ao Senhor, como o seu pai, Salomão, e seu avó Davi. O versículo-chave, no entanto, conta que, após três anos de reinado, Roboão havia se afirmado no trono, e então, o que fez?

Abandonou Deus e levou o povo todo a fazer o mesmo. Enquanto seu reino ainda não estava estabelecido, Roboão temia o Senhor, mas quando alcançou o que desejava, descartou-o.

Parece que Deus não era mais útil!

Fico me perguntando: o que será que Deus acha de ser tratado como uma lâmpada mágica dos contos infantis, que só é útil enquanto realiza nossos desejos?

Deus provou seu amor quando permitiu que Jesus morresse para pagar a dívida da nossa desobediência.

Ele é rei, mas veio á terra como homem, rebaixou-se para morrer na cruz por uma culpa que não era dele, e isso tudo para nos reconciliar novamente com o Pai. Ele jamais considerou a opção de nos descartar por causa das nossas falhas.

Como anda seu relacionamento com Deus? E suas relações sociais? O exemplo de Jesus é oposto ao que se vê por aí: em favor da reconciliação, "descartou" a própria vida, em vez de jogar fora a do pecador.

O prazo de validade dos nossos relacionamentos demonstra nosso real interesse pelo outro.

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